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23 de dez. de 2010

Entrevista com Paula Pimenta

Oi Paula,
Muito Obrigada por ter aceito fazer essa entrevista!!


SP: Então Paula, você é formada em publicidade, como e quando decidiu se tornar escritora? 
Paula: Gosto de escrever desde criança, mas acho que minha vontade de ser escritora começou realmente na faculdade. Eu estudava Jornalismo e os professores viviam perguntando se meus textos eram crônicas, pois não percebiam neles o “formato jornalístico”. Resolvei transferir para Publicidade, para poder ser mais criativa, mas foi com “Fazendo meu filme” que percebi que o que eu gosto mesmo é de escrever histórias.


SP: O que te inspirou a escrever o Fazendo Meu Filme? Como você criou as personagens?
Paula: Foi meio por acaso. Eu já tinha um livro de poemas publicado e era colunista de um site de crônicas, mas nunca tinha escrito um romance. Em outubro de 2004, exatamente na noite do início de ‘horário de verão’, eu estava no computador e de repente tive a idéia de começar um livro falando exatamente sobre isso: Duas amigas que saíam, mas que tinham que voltar no horário imposto pelo pai de uma delas. Com o adiantar do relógio, elas acabavam perdendo uma hora (mais tarde essa passagem acabou virando o capítulo dois do livro). Quando comecei a escrever, eu nem tinha idéia do que viria, só mais tarde é que pensei no tema principal do livro, que é o dilema da Fani entre largar o grande amor para fazer intercâmbio ou deixar de viajar para ficar com ele. As características dela, como a paixão por cinema, surgiram um pouco depois também.

SP: Você se inspirou em alguém real para compor alguma das suas personagens?
Paula: Eu peguei algumas características de pessoas que eu conheço e coloquei nos personagens, mas não todas. A Fani se parece um pouquinho comigo, especialmente na timidez, no jeito sonhador, na introversão… A Gabi é um “mix” de várias amigas minhas, o Leo se parece um pouco com o meu melhor amigo de adolescência… Mas realmente são apenas pequenos detalhes que eu incluí nos personagens, a maior parte da personalidade deles eu criei.

SP: Existe algum livro que você tenha lido e que tenha marcado a sua vida de alguma forma?
Paula: Li a trilogia Griffin & Sabine em 1996 e nunca mais esqueci. O tema é uma correspondência amorosa, mas os dois moram em universos paralelos, então não conseguem se encontrar pessoalmente...
  
SP: Paula, você também é professora de música. Que instrumento você toca?
Paula: Toco violão, um pouco de teclado e um pouquinho de flauta doce.

SP: O que te traz maior prazer: a música ou as palavras?
Paula: Ai, isso é difícil responder! Quando toco e canto uma música que compus, sinto a mesma sensação boa de quando finalizo um livro... Acho que as duas coisas são complementares na minha vida... tanto que dei um jeito de inserir uma trilha sonora em meus livros! :)

SP: Como surgiu a idéia de juntar musicas e filmes para compor o enredo de um livro?

Paula: Essa idéia veio da minha própria adolescência. Meu melhor amigo tinha mania de gravar músicas e me dar de presente, peguei emprestada essa característica dele para colocar no Leo!


SP:Seus livros valorizam o modo de vida dos brasileiros e nos fizeram ter uma ótica diferente da apresentada em filmes e livros americanos, no que se refere à adolescência, mas você prefere literatura brasileira ou estrangeira?
Paula:Acho que as duas têm o seu espaço. Na verdade, se o autor é bom, não importa a nacionalidade. Em meus autores preferidos tenho brasileiros, americanos, ingleses...

SP: Quando escreveu seus livros esperava todo esse sucesso?
Paula: De jeito nenhum. Eu achava que só as minhas amigas e família comprariam! Quando comecei a receber e-mails de leitores que eu nem conhecia, elogiando e pedindo a continuação de “Fazendo meu filme 1”, eu fiquei muito feliz, saí mostrando pra todo mundo, imprimi, guardei… Aos poucos os e-mails começaram a ser uma realidade diária e eu percebi que realmente o livro estava se popularizando. “Fazendo meu filme 1” já está na 4ª edição, já foram vendidos mais de 10.000 mil livros, mas ainda hoje eu me alegro com cada elogio, cada e-mail, cada scrap, cada recadinho no twitter… E – como no primeiro livro – ainda fico ansiosa antes do lançamento dos livros novos!

SP: Você se identifica pessoalmente com alguma das suas personagens?
Paula: Como eu disse, a Fani se parece um pouquinho comigo, além da timidez, eu também sou romântica e louca por cinema. Mas a Fani é bem mais parecida com o que eu sou agora, do que com a adolescente que eu era aos 16 anos (a idade da Fani no primeiro livro). Eu era mais parecida com a Natália, não parava em casa, vivia indo a festas e tinha milhões de amigos. Atualmente eu sou bem mais caseira.

SP: Paula, qual é o seu lugar favorito no mundo todo, onde você estaria na primeira oportunidade?
Paula: Na Disney! Sério, não me canso daquele lugar, tudo lá é meio encantado! Até o ar parece ser cheio de magia... Inclusive, participo de uma comunidade no Orkut que se chama “Eu queria morar na Disney”! Risos!

SP: Paula, que dicas você daria aos meninos e meninas que estão prestes a escolher uma carreira?
Paula: O mais importante é tentar conhecer as profissões a fundo e escolher aquela que realmente você mais gostar. Na prática as coisas são meio diferentes, então é bom conversar com quem já trabalha na área, pra ver se o dia a dia do profissional é como você espera. Depois que a escola terminar, o trabalho vai ocupar grande parte do seu dia, e você não vai querer preencher esse tempo com alguma coisa chata, né? O ideal é escolher uma profissão que você goste tanto que exerceria até de graça! Dessa forma, o trabalho vai se tornar uma diversão e não uma obrigação.

SP: E aos que pretendem ser escritores como você, que conselhos, recomendações você daria?
Paula: Em primeiro lugar, acho que é importante ler muito. Geralmente, quem gosta de ler e tem esse hábito, escreve bem. Devemos também escrever sobre o que gostamos, pois quando escrevemos com paixão, os leitores sentem isso. Escrever sobre o que realmente conhecemos é importante também. Ao escolher um tema, certifique-se que você domina o assunto, para não se perder no meio da história. Depois que o livro estiver pronto, é preciso muita paciência e força de vontade pra procurar uma editora. Acho que esses são os passos fundamentais para quem quer escrever e publicar um livro.

SP:Obrigada Paula, muito sucesso com FMF e tudo de bom!!
Paula: De nada... Beijos!!


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